O “Junho Violeta”, criado pela ONU, é o mês de prevenção e de conscientização da violência contra a pessoa idosa.
Nos seis primeiros meses de 2024, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania registrou 74.620 denúncias violência contra idosos.
A realidade é muito mais assustadora, pois a maioria tem vergonha e medo de denunciar seus agressores: os próprios filhos na maior parte dos casos; e também os netos, cônjuges, genros e noras.
O Estatuto da Pessoa Idosa, de 1º de outubro de 2003, dispõe que a pessoa idosa goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, garantindo-lhe todas as oportunidades para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
Nos seis primeiros meses de 2024, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania registrou 74.620 denúncias violência contra idosos.
A realidade é muito mais assustadora, pois a maioria tem vergonha e medo de denunciar seus agressores: os próprios filhos na maior parte dos casos; e também os netos, cônjuges, genros e noras.
O Estatuto da Pessoa Idosa, de 1º de outubro de 2003, dispõe que a pessoa idosa goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, garantindo-lhe todas as oportunidades para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar à pessoa idosa a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.
Apesar de lutar há mais de trinta anos para mudar essa triste realidade, tenho consciência de que o que eu faço é pouco, muito pouco. Por isso, gosto de me lembrar do meu amigo Betinho, o Herbert José de Sousa, que me contou a fábula do beija-flor.
Será que, como o beija-flor, estamos fazendo a nossa parte?
Apesar de lutar há mais de trinta anos para mudar essa triste realidade, tenho consciência de que o que eu faço é pouco, muito pouco. Por isso, gosto de me lembrar do meu amigo Betinho, o Herbert José de Sousa, que me contou a fábula do beija-flor.
“Há muito tempo atrás uma floresta começou a pegar fogo. Todos os animais fugiram para salvar a própria pele. Um leão parou de correr quando viu um beija-flor pegando com seu bico a água do rio, jogando no fogo e voltando para o rio. ‘Beija-flor, você acha que sozinho vai apagar este fogaréu todo?’, o leão perguntou. O beija-flor respondeu: ‘Sei que não posso apagar o incêndio sozinho; estou apenas fazendo a minha parte’”.
Será que, como o beija-flor, estamos fazendo a nossa parte?
Mirian Goldenberg
Antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é autora de "A Invenção de uma Bela Velhice"